domingo, 14 de junho de 2009


AIDS

Os primeiros casos da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), ocorreram nos EUA em 1978, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino homossexuais que apresentavam comprometimento do sistema imune com consequentes infecções oportunistas, e que se tratava de uma doença provavelmente infecciosa e transmissível. A partir daí, verificou-se uma rápida disseminação para os demais países, constituindo hoje, a nível mundial um dos mais graves problemas de saúde pública.
No Brasil, o primeiro caso de Aids foi notificado retrospectivamente no estado de São Paulo, como tendo ocorrido em 1980. Desde os primeiros casos até a atualidade o número de doentes tem aumentado notavelmente e importantes mudanças vêm ocorrendo no perfil epidemiológico. A epidemia, em sua primeira fase (1980 a 1986), caracterizava-se pela preponderância da transmissão em homens homo e bissexuais, de escolaridade elevada; em sua segunda fase (1987 a 1991), passou a caracterizar-se pela transmissão sanguínea, especialmente na subcategoria de usuários de drogas injetáveis (UDI), dando início a um processo mais ou menos simultâneo de pauperização e interiorização da epidemia, ou seja, mais pessoas com baixa escolaridade e de pequenas cidades do interior estavam se infectando. Finalmente, em sua terceira fase (1992 até os dias atuais), um grande aumento de casos por exposição heterossexual vem sendo observado, assumindo cada vez maior importância a introdução de casos do sexo feminino, o que fica caracterizada a feminilização da epidemia do HIV/Aids.
Verifica-se grande número de casos de Aids em algumas cidades com características turísticas, portuárias ou situadas ao longo da rota caipira do tráfico de drogas, dentre elas: Santos, Ribeirão Preto, Bebedouro,São José do Rio Preto, São Vicente, dentre outras.
Os glóbulos brancos tem a função entre outras, de defender nosso organismo contra infecções. Dentre eles, os linfócitos CD4 são responsáveis pela regulação e manutenção da capacidade imunológica do organismo humano. Por razões desconhecidas possuem em sua superfície, receptores através dos quais o HIV se fixa e penetra na célula. Uma vez internalizado, o vírus atinge seu núcleo onde se reproduz continuamente até a destruição do linfócito. Os vírus produzidos, buscam novos linfócitos que vão sendo destruídos progressivamente até o comprometimento severo do sistema imunológico. Como consequencia, microrganismos em nosso corpo, normalmente sob controle do sistema em perfeito funcionamento, aproveitam-se desse estado de deficiência e se manifestam, aparecendo então as “doenças oportunistas”, como tuberculose, herpes, monilíase oral, tumores, caracterizando a AIDS doença.

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